Julho 2011

Xangai supera Singapura em movimento mundial de carga

Xangai_Donghai_BridgeA China não se teria tornado o maior exportador do mundo sem os seus portos e nenhum deles retrata tão bem a rapidez da transformação da infra-estrutura do país como porto de Yangshan, que ajudou Xangai a ultrapassar Singapura e a transformar-se na cidade com maior movimentação de carga do mundo em 2010.

Inaugurado em dezembro de 2005, Yangshan foi construído em inacreditáveis dois anos e meio, incluindo a ponte de 32,5 km de extensão e 31,5 metros de largura que liga o porto ao continente – a Rio-Niterói tem 13,29 km e demorou cinco anos para ser concluída, no período áureo das megaobras brasileiras.

Chamada de Donghai, a ponte é a segunda mais longa do mundo sobre o mar, perdendo apenas para outra construção vizinha, sobre a baía de Hangzhou – com 35,67 km, ela liga o próspero Delta do Rio Yangtzé ao porto de Ningbo, quarto maior da China. Com investimento total estimado em US$ 14 bilhões, Yangshan foi planejado em distintas fases e estará totalmente concluído em 2020, quando deverá ter capacidade anual para 15 milhões de contêineres. Em cada um dos últimos cinco anos, o movimento no porto teve aumento médio de 32,5% e alcançou o total de 10 milhões de contêineres em 2010, o equivalente a um terço da carga total de Xangai, que possui outros dois portos.

O planejamento de longo prazo, típico das autoridades chinesas, já prevê a expansão de Yangshan para uma ilha vizinha depois de 2020, caso fique claro que sua capacidade futura não será suficiente para atender a demanda. Nas últimas duas décadas, a China passou por uma revolução em sua infraestrutura, com pesados investimentos na área de transporte, que permitiram a emergência do país como a nova “fábrica do mundo”. Segundo estatísticas da empresa Containerisation International, em 1989 não havia nenhum representante chinês entre os 20 maiores portos de contêineres do mundo.

Ler mais/Fonte: Epocanegocios

 

Economia do mar responde por mais de 5% do PIB

economia_do_marOs negócios que têm directa e indirectamente a ver com o mar devem responder por mais de 5% do PIB português – o que os coloca num patamar próximo dos 8 mil milhões de euros, segundo dados não definitivamente coligidos mas possivelmente “conservadores” de Rui Azevedo, director executivo da Oceano XXI – Associação Para o Conhecimento da Economia do Mar, que organizou, no últimos quatro dias e em parceria com a Associação Empresarial de Portugal, o Fórum do Mar.

Conservadores ou não, o certo é que o potencial do cluster do mar – parte dele aparentemente nunca dantes navegado – “é imenso” e, grosso modo, divide-se em duas áreas diversas: a dos negócios tradicionais; e a dos negócios emergentes.

Para Rui Azevedo, importa ao País não abrir mão de qualquer das duas vertentes: a primeira porque encerra riquezas já bem conhecidas (desde a pesca até ao turismo, passando pela actividade portuária ou a reparação de navios); e a segunda porque esconde um potencial previsivelmente ainda maior, mas que é preciso desvendar.

Ler mais/Fonte: Diário Económico

 

Governo admite renegociar concessões portuárias

porto_contentorNo capítulo dedicado ao sector dos portos, o Programa de Governo compromete-se a “avaliar e renegociar, sempre que tal se justifique, os contratos de concessão existentes tendo em vista a redução do custo da movimentação das cargas, quer na exportação, quer na importação”.

Também pretende “melhorar o modelo de governação do sistema portuário”, mas sem confirmar se tal passa pela criação de uma “holding” que junte os maiores portos portugueses. E como já consta do memorando assinado com a troika, vai igualmente “rever e modernizar o quadro jurídico que rege o trabalho portuário, tornando-o mais flexível e coerente com as disposições do Código do Trabalho”.

De resto, ainda na área portuária, o Programa de Governo compromete-se a “melhorar a efectiva integração dos portos no sistema global de logística e Transportes”, a “prosseguir e intensificar a modernização tecnológica dos instrumentos de gestão portuária, tendo em vista aumentar a eficiência dos portos portugueses (Janela Única Portuária, Janela Única Logística, etc. )”, e a “melhorar a atractividade dos portos portugueses, com vocação adequada, para o reforço da captação dos fluxos turísticos internacionais, promovendo a existência de terminais de cruzeiro”.

Ler mais/Fonte: Jornal de Negócios