Funchal regista novo recorde
O porto do Funchal registou um novo recorde nos 10 primeiros meses de 2012 em termos de escalas de navios e de passageiros. Entre Janeiro e Outubro, o porto registou um aumento de 8%, tanto a nível das escalas como do número de passageiros, comparativamente a 2011. Neste período registaram-se 225 escalas, mais 17 que nos primeiros 10 meses do ano passado. Em termos de movimento de passageiros, entre Janeiro e Outubro, passaram pelo nosso porto 411.188, um acréscimo de 29.304 face ao ano passado.
O número de escalas registado em Setembro, 16, e em Outubro, 39, foram determinantes para alcançar este novo recorde. No mês de Setembro passaram pelo nosso porto 24.548 turistas. Em Outubro, esse número mais que triplicou, atingindo os 71.989 passageiros, um número que só foi superior em Março, 81.953, e Abril, 75.211.
À semelhança do meses anteriores, em Setembro e Outubro os turistas do Reino Unido continuaram a liderar com 162.586 passageiros. Em segundo surgem os turistas alemães com 112.425, os Estados Unidos com 22.331, a Itália com 21.006 e a França com 11.933 passageiros. Para hoje estão previstas quatro escalas no nosso terminal portuário. O ‘Queen Victoria’, o ‘Sea Cloud II’, o ‘Adonia’ e o ‘MSC Sinfonia’ são os navios esperados hoje no nosso porto. Já para amanhã são esperados mais dois paquetes. No sábado está prevista uma escala e no Domingo mais três. Domingo fazem escala três paquetes, dos quais se destaca o ‘Independence of the Seas’. Ler mais/Fonte: dnoticias.pt
Corveta Jacinto Cândido reintegrada no dispositivo operacional da Marinha
O dispositivo operacional da Marinha acaba de ser reforçado com mais uma corveta após uma reparação de mais de dois meses que custou 164.000 euros, confirmou à Lusa fonte oficial daquele ramo das Forças Armadas. O NRP (Navio da República Portuguesa) Jacinto Cândido estava em reparação no Arsenal do Alfeite desde 18 de Setembro, intervenção que, segundo a mesma fonte, se prolongou até à passada sexta feira, data em que foi feita a “reintegração” daquele meio no dispositivo operacional naval.
Trata-se de uma corveta já com 42 anos de serviço na Marinha e cuja intervenção, não prevista, obrigou à reparação do grupo electrogéneo de emergência, de uma electrobomba do serviço de combate a incêndios e do quadro eléctrico. A 21 de Dezembro, segundo a mais recente calendarização da Marinha, será concluída a revisão intermédia do NRP João Roby. Esta corveta está ao serviço da Marinha desde 1975 e desde Abril que está a ser alvo de uma intervenção, igualmente no Alfeite, por cerca de seis milhões de euros, para possibilitar a sua operacionalidade até 2016.
Segunda a Marinha, a integração destas duas corvetas “vai permitir uma maior flexibilidade na rotatividade dos meios”, ficando por isso “mais próximo do óptimo”. “Ficará melhor, mas o ideal continua a ser termos oito navios ao serviço”, explicou fonte oficial da Marinha. Em causa estão corvetas com 85 metros de comprimento e uma guarnição de cerca de 70 marinheiros que asseguram missões de busca e salvamento, vigilância e fiscalização das águas territoriais e da Zona Económica Exclusiva. Desde Setembro que a Marinha estava a operar este dispositivo naval de patrulhamento e socorro com apenas quatro corvetas, com 40 anos de serviço, além do novo patrulha, construído em Viana do Castelo, que já soma mais de 1.500 horas de serviço.
Este dispositivo está agora reforçado com a corveta Jacinto Cândido, mas continua abaixo do “mínimo” de oito navios com que a própria Marinha reconhece que deveria operar para “harmonizar” as missões de interesse público que assegura na área do continente e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Ainda segundo a Marinha, já em 2013 uma das restantes quatro corvetas em serviço também terá de entrar em manutenção, pelo que o dispositivo naval voltará a ser reduzido. Entretanto, está em curso nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo a conclusão do segundo patrulha – NRP Figueira da Foz -, trabalhos que deverão decorrer até ao próximo Verão. Já a construção dos restantes seis navios e cinco lanchas de fiscalização costeira foi revogada pelo Ministério da Defesa Nacional, tendo em conta os encargos da encomenda e o facto de a empresa estar em processo de reprivatização, a concluir até final do ano.
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Portugueses vivem cada vez mais perto do mar
Portugal tem cada vez mais pessoas e edifícios junto ao mar, apesar dos problemas actuais de erosão costeira e dos riscos futuros das alterações climáticas. O número de habitantes nas freguesias do país que confinam com a costa aumentou cerca 68% entre 1970 e 2011, de 738 mil para 1,2 milhões de habitantes. Na prática, um em cada nove portugueses vive na costa. A presença de edifícios saltou de 254 mil unidades em 1970 para 855 mil em 2011. Mais da metade – 490 mil – está desocupada. Os números são avançados por um estudo de investigadores do Instituto de Ciências Sociais e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que avalia a realidade e as consequências da ocupação crescente da faixa litoral.
Não é novidade que a população concentra-se cada vez mais na faixa litoral. O trabalho, no entanto, dá elementos mais precisos sobre o microcosmo das freguesias costeiras, que é onde está a população que sente na pele os efeitos da erosão. É o fenómeno da “costerização”, conforme classifica a socióloga Luísa Schmidt, coordenadora do estudo Change-Mudanças Climáticas, Costeiras e Sociais, cujos resultados serão apresentados segunda-feira numa conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. “As pessoas abeiraram-se mais da costa”, afirma Schmidt. Esta tendência vem do passado, acentuou-se a partir da década de 1970 e não dá sinais de abrandar. Entre os dois últimos censos – 2001 e 2011 – a população junto à costa aumentou 10%.
Para exemplificar o que é que este movimento significa, em termos de riscos, o estudo abordou três situações particulares: Vagueira, na região de Aveiro; Costa da Caparica, na Área Metropolitana de Lisboa; e Quarteira, no Algarve. Todas enfrentam fortes problemas de erosão. Na Vagueira, o mar avançou 26 metros entre 2002 e 2010. Ainda assim, a população cresceu 20% desde 1991 e o número de edifícios subiu 28%.
Ler mais/Fonte: publico.pt